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Sigur Rós: “Muitos acreditam que gostamos de silêncio nos concertos, mas preferimos que as pessoas se libertem. Adoramos tocar em Portugal”

Georg Hólm, Kjartan Sveinsson e Jónsi Birgisson, os Sigur Rós em 2022
Georg Hólm, Kjartan Sveinsson e Jónsi Birgisson, os Sigur Rós em 2022

São uma das maiores exportações da música islandesa e regressam a Lisboa na próxima quarta-feira para um concerto no Campo Pequeno. Em entrevista à BLITZ, o baixista dos Sigur Rós fala sobre o “enérgico” público português, as acusações de evasão fiscal que quase destruíram a banda, um “furacão de criatividade” chamado Björk e as graves consequências das alterações climáticas na Islândia: “Vemos os glaciares a desaparecer e já não temos estações do ano”

O regresso dos Sigur Rós a Portugal acontece seis anos depois de um concerto no festival Primavera Sound, no Porto, e quase uma década volvida desde que subiram ao mesmo palco do Campo Pequeno, em Lisboa, que volta a recebê-los na próxima quarta-feira, 28 de setembro. Antecipando um espetáculo que diz durar “quase três horas”, o baixista da banda islandesa, Georg Hólm, falou com a BLITZ sobre o apreço que sentem pelo público português e sobre o novo álbum, sucessor de “Kveikur”, de 2013, que já deveriam ter editado mas só chegará em 2023. Numa longa conversa, o músico reflete ainda sobre as acusações de evasão fiscal que quase destruíram a banda, a forma grave como as alterações climáticas afetam a Islândia, os convites que receberam para fazer música para as séries “Os Simpsons” e “A Guerra dos Tronos” e a influência de um “furacão de criatividade” chamado Björk.

Como foi regressar ao palco depois de quase cinco anos afastados? Foi como uma reunião de família com os fãs ou soube a experiência nova?
Um pouco de ambas. Foi estranho voltar, porque muita coisa se passou nestes cinco anos e penso que não tínhamos a certeza de quando iríamos ou sequer se iríamos voltar a dar concertos. Especialmente por causa da pandemia. Mas decidimos ir em digressão quando ninguém sabia bem o que se iria passar ou se alguma coisa iria acontecer… E quando começámos a ensaiar para a digressão parecia que nunca tínhamos feito outra coisa, o que é parcialmente verdade porque fazemos isto há mais de metade das nossas vidas. Era, ao mesmo tempo, estranho e excitante. Estávamos todos muito nervosos antes do primeiro concerto, mas foi interessante sentir o quão natural nos pareceu assim que entrámos em palco e começámos a tocar a primeira nota da primeira canção do primeiro concerto em cinco anos. Parecia que não tínhamos ido a lado nenhum. Foi incrível.

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