Castigar militares é inédito na história da democracia brasileira. Lula teve de assumir a função de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas para demitir o comandante do Exército, que resistia a cumprir as ordens do Presidente
Ameaças de retoma do poder, minimização dos atos extremistas e tentativa de culpabilizar a esquerda infiltrada pela destruição e violência deixam um claro aviso de que ataque aos três poderes poderá ainda não ter terminado
Invasão das sedes dos três poderes democráticos por milhares de adeptos do antigo Presidente saldou-se em mais de 300 detenções. Lula teve reação dura e governo federal assumiu controlo da capital do país
Ambiente e controlo de armas são as áreas em que o Presidente regressado agiu com maior urgência contra as decisões do antecessor. Lula quer recuperar prestígio do Brasil no mundo
Foi um dia de festa, de alegria, de ódios aplacados. Lula fez dois discursos: um no Congresso Nacional, diante das autoridades, ao ser empossado, e outro no parlatório do Palácio para a multidão. O primeiro foi duro e racional, de um presidente pragmático. No segundo, para o povo, esteva o Lula que chora, que se emociona, que pede ajuda a Deus, e compara a vida dos super-ricos à daqueles que não têm comida no prato
É inédito o grau de ameaça à posse de um Presidente eleito democraticamente na história republicana do Brasil. Antevêem-se dois desafios imediatos ao Governo de Lula da Silva: políticas que mostrem o cumprimento das promessas na área social e a pacificação do país.
Depois da tomada de posse colocam-se novos problemas: como conciliar esses dois brasis e como lidar com a permanência da extrema direita bolsonarista. Para já é preciso evitar o pior e proteger Lula da Silva nesse momento frágil da democracia brasileira
Lula da SIlva venceu Jair Bolsonaro por escassa margem. Para ter sucesso terá de lidar com adversários no Congresso e nos governos dos principais estados do Brasil. Mas a sua luta será a última: o ex-Presidente anunciou que não concorrerá às presidenciais de 2026
Jair Bolsonaro e Lula da Silva estiveram mais soltos, mas não menos tensos. Acusações e deslizes tiveram mais peso do que anúncios de medidas, considera o psicanalista Christian Dunker, com quem o Expresso assistiu ao derradeiro debate da campanha para a segunda volta das presidenciais, marcada para domingo
Político próximo do Presidente disparou contra agentes da polícia. Episódio premeditado poderia ser ensaio de rebelião ao estilo da invasão do Capitólio por apoiantes de Donald Trump