Nasci em Lisboa, em 1972, tirei o curso errado e escrevo nos jornais (crítica literária e crónicas) desde 1998, nos últimos dez anos no Expresso. Sou um dos irrevogáveis ministros do Governo Sombra (SIC e TSF), e faço também, com a Inês Meneses, o PBX (Radar e Expresso). Exerci em duas ocasiões funções públicas na área da Cultura, primeiro na Rua Barata Salgueiro e agora na Calçada da Ajuda. Na Tinta-da-China publiquei dezena e meia de livros de crónicas, colectâneas de poemas e volumes de diário, géneros de pujante sucesso comercial. Coordeno uma colecção de poesia, na mesma editora, e, com o Gustavo Pacheco, a edição em língua portuguesa da revista Granta. Sou pessimista porque não tenho alternativa.
A fé responde a várias angústias, sendo a maior delas a angústia da finitude; mas muitos crentes não fazem uma “escolha” deliberada, nem têm uma consciência das “razões” da sua fé
Em “Morte a Crédito”, as pessoas não dizem coisas, bradam, berram, vociferam. É Céline na primeira pessoa e a desatar o segundo romance, escrito em 1936
Enumerei dezena e meia de casos mais ou menos autobiográficos, motivos que me levaram a terminar amizades, mas vejo que enunciei igualmente as causas pelas quais amigos meus deixaram de ser meus amigos
Bernardo Pinto de Almeida escreve, em “Sicília”, poemas tão estreitos “quanto a frincha de uma porta entreaberta”, nos quais a arte surge como uma cópia do mundo que torna o mundo mais habitável
Vargas Llosa, liberal quase libertário, não quer apenas liberdade para a literatura: quer, utopicamente ou não, uma vida com “uma liberdade igual à que existe nos livros”
“Independente Demente” reúne crónicas de Miguel Esteves Cardoso no jornal O Independente, publicadas pela primeira vez em livro. É o destaque deste PBX com Pedro Mexia e Inês Meneses