Fundos de investimento

Invista nos países preferidos das multinacionais

16 setembro 2010 11:25

Luis Caleira Marques (www.expresso.pt)

"Seguir o dinheiro" é uma das máximas dos mercados e, neste momento, o mundo está a canalizá-lo para os gigantes emergentes como Brasil, Rússia, Índia e China. Saiba como por o seu dinheiro a caminho dos BRIC.

16 setembro 2010 11:25

Luis Caleira Marques (www.expresso.pt)

De acordo com um estudo efetuado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, dos cinco principais destinos de investimento direto estrangeiro, quatro deles são o grupo de países designadas pelo acrónimo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Estes países que são o alvo predileto das empresas multinacionais e agências de promoção de investimento também podem ser o alvo principal da sua carteira de investimentos.

Existem no mercado vários fundos que investem em ações de empresas destes quatro países, beneficiando do forte crescimento económico que se verifica nos mesmos. A maior parte dos mesmos começou a sua comercialização em 2006 ou 2007, razão pela qual não se encontram disponíveis desempenhos de longo prazo. No entanto, se acredita que o futuro económico do globo passa por estes gigantes emergentes, o Dinheiro diz-lhe quais os fundos que obtiveram as melhores rendibilidades nos últimos 3 anos e quais as empresas favoritas dos mesmos.

Países e empresas favoritas

Embora estes fundos tenham equipas de gestão diferentes que não investem todas nas mesmas empresas, os fundos não conseguem escapar a uma rendibilidade negativa analisando os últimos 3 anos, devido à crise que atingiu a economia mundial e os mercados acionistas em 2008.

A brasileira Petrobras é a empresa na qual os fundos mais investem, sendo a primeira opção dos fundos da HSBC, Schroder e Goldman Sachs (GS). A russa Gazprom é a segunda empresa favorita do fundo da HSBC e a terceira da Schroder. A também brasileira Vale do Rio Doce é a segunda preferida dos gestores do fundo da GS e a terceira para os gestores da DWS. Outra empresa brasileira presente nas escolhas dos fundos é o banco ITAU, que é a segunda escolha do fundo da Schroder.

O maior país dos BRIC em termos populacionais é a China e como tal empresas chinesas não poderiam faltar nas escolhidas pelos fundos. A China Yurun Food Group, empresa de retalho alimentar é a favorita do fundo da DWS, sendo que a sua segunda opção de investimento é a empresa de extração de carvão South Gobi. Duas das maiores empresas chinesas, a China Mobile e o China Construction Bank, são as terceiras escolhas dos fundos da HSBC e da GS.

O investimento em ações destes países é mais arriscado que em ações dos países da Zona Euro ou dos Estados Unidos da América. Logo, o investimento em ações de empresas dos BRIC deve ser realizado numa ótica de longo prazo e o peso dos mesmos numa carteira de investimentos não deve ultrapassar os 10%.

A caminho dos BRIC

Fonte Bloomberg. Rendibilidades anualizadas em euros, líquidas de impostos. 31 de Agosto de 2010.