Sete razões para se sentar no sofá, sábado à tarde, a ver 'el clásico'

1. Tenham cuidado, ele é perigoso, ele é o Luis Suárez 

Exatamente quatro meses depois de ter sido suspenso por ter mordido Chiellini no Mundial do Brasil, Luis Suárez está de volta à ação (salvo seja). O avançado uruguaio irá finalmente estrear-se oficialmente pelo Barcelona, depois de uma longa espera que o deixou a desesperar. "Os primeiros dois meses foram a pior parte. Nem sequer me senti um futebolista e não senti que tivesse um trabalho", disse à revista do clube, referindo-se ao período em que ainda estava obrigado a treinar-se sozinho. Entretanto começou a treinar com a equipa, mas só pôde jogar em amigáveis da seleção uruguaia.

É suficiente para jogar este sábado? É, diz Luis Enrique. "Não sei quantos minutos terá nem quando, mas terá minutos de certeza", admitiu o treinador na antevisão do jogo. Olhando para a estatística é boa ideia: Suárez foi o Bota de Ouro das ligas europeias da época passada (juntamente com Cristiano Ronaldo), com 31 golos.     

 

2. Sopas e descanso para Ronaldo render

Depois de vários meses a contas com uma lesão que primeiro era uma coisa e depois era outra, Cristiano Ronaldo parece estar novamente a 100%, aliás, a 200%. Chegou aos 71 golos na Liga dos Campeões (só precisa de mais um para superar Raúl, o melhor marcador de sempre da prova) e já é o melhor marcador da Liga espanhola, com 15 golos (mais sete do que Neymar) em oito jornadas. Mas, para render, Ronaldo precisa de descansar. E não gosta de ter pouco tempo para isso.

"Um futebolista de alta competição sabe que dois dias de descanso não é a mesma coisa do que três dias. Não entendo por que razão o clássico se joga no sábado", disse após a vitória do Real Madrid em Anfield Road (0-3), perante o Liverpool, na quarta-feira. Mas não há razão para aflição, porque a confiança está lá na mesma. "Não é uma desculpa, porque vamos jogar bem e vamos ganhar".

 

3. Messi pode roubar a marca de Telmo Zarra

Quem? Telmo Zarra era avançado do Atlético de Bilbau nas décadas de 40 e 50. E que avançado!: em 277 jogos marcou 251 golos, ou seja, é o melhor marcador de sempre da Liga espanhola. É... ou foi, porque Lionel Messi está quase, quase, quase a chegar à marca de Zarra, que já tem 59 anos. O avançado do Barcelona já conta 250 golos em 285 jogos, pelo que é natural que mais cedo ou mais tarde fique (ainda mais) na história do futebol espanhol.

 

4. Bravo a bater recordes há 720 minutos

Já lá vão 720 minutos, ou seja, oito jornadas de Liga espanhola e Claudio Bravo ainda não sofreu um único golo. O novo guarda-redes do Barcelona, contratado à Real Sociedad, não podia ter melhor começo em Camp Nou e já aponta para o recorde de Abel Resino, que ficou 1275 minutos, em 1990/91, sem deixar entrar bolas na baliza do Atlético de Madrid.

 

5. Luis Enrique de regresso ao Bernabéu

Luis Enrique é tão acarinhado pelos adeptos que quase parece ter sido formado em La Masia. Mas não foi. Só chegou a Barcelona em 1996, depois de sair do... Real Madrid, onde estava desde 1991. Chegou a capitão do Barcelona e foi na Catalunha que acabou a carreira, em 2004. Não passou logo para treinador, tendo apostado em maratonas e até no Ironman, que inclui 180 quilómetros de ciclismo, 3800 metros de natação e 42 quilómetros de corrida. Só em 2008 se sentou no banco, no Barcelona B, tendo depois passado pela Roma e pelo Celta. Esta é a sua primeira época no Barcelona e este será o seu primeiro clássico. Como treinador, claro.

 

6. O melhor ataque vs. [7.] A melhor defesa 

Em oito jornadas, o Real Madrid marcou 30 golos (o Barcelona 22); nessas mesmas oito jornadas, o Barcelona sofreu zero golos (o Real 9). Ou seja, o melhor ataque da Europa vai estar contra a melhor defesa da Europa. É preciso dizer mais?