Comité Olímpico de Portugal

Número de atletas com bolsas para Londres-2012 deve manter-se

24 agosto 2008 15:48

Dezanove atletas portugueses que integraram o projecto Pequim-2008 estão em condições de continuar a receber bolsa de preparação olímpica para Londres. (Visite o dossiê dos Jogos Olímpicos).

24 agosto 2008 15:48

Dezanove atletas portugueses que integraram o projecto Pequim-2008 estão em condições de continuar a receber bolsa de preparação olímpica para Londres-2012, se não forem alterados os pressupostos que vigoraram desde 2005 e que agora poderão ser revistos, para o novo ciclo.

Face aos anteriores Jogos Olímpicos, Atenas-2004, o total de medalhados, finalistas e semi-finalistas - que são os que começam a receber bolsas do COP, no início do ciclo - é igual: há quatro anos, foram também 19.

A discrepância existe, sim, com os objectivos desportivos que o COP admitia, no contrato-programa de Janeiro 2005 como possíveis. Referia-se expressamente, então, uma meta de cinco medalhas e 12 finalistas (até oitavo).

Dos medalhados de Atenas-2004, Francis Obikwelu (100 metros), Rui Silva (1.500 metros) e Sérgio Paulinho (ciclismo), apenas o primeiro se apresentou a justificar a bolsa que recebeu durante quatro anos, para agora ser 11º, o que ainda lhe dá direito a nova bolsa, mas de menor valor (cai do nível 1 para o 3).

Mas ao nível máximo, de início só atribuído aos medalhados dos Jogos, foram acedendo, por força de grandes resultados em Campeonatos do Mundo e da Europa, mais atletas, até à dúzia, o que alentou o COP, que acreditou que, na China, Portugal ia mesmo bater todos os seus recordes de medalhas e boas classificações.

Não foi assim, como se verificou, mas os resultados estão de facto em linha com Atenas-2004, apenas um pouco menos bons que nesses Jogos da Grécia: de três medalhados, nove finalistas (uma dupla) cinco semi-finalistas (uma dupla), passa-se para dois, sete (três duplas) e sete.

Então, Obikwelu, Paulinho e Rui Silva foram ao pódio e com isso ganharam direito a bolsa para quatro anos.

Os semi-finalistas (até oitavo) foram 10: Nuno Merino (trampolins), João Pina e João Neto (judo), Vanessa Fernandes (triatlo), Alberto Chaíça (maratona), Miguel Nunes, Álvaro Marinho, João Rodrigues e Gustavo Lima (vela) e Emanuel Silva (canoagem). Também se mantiveram todo o ciclo olímpico no Projecto, se bem que alguns subissem ao nível superior, como prémio de medalhas em grandes provas.

No terceiro nível começaram João Costa (tiro), Manuel Damião (1.500 metros), João Vieira (marcha), Naide Gomes (heptatlo/comprimento) e Miguel Maia e João Brenha (volei de praia).

Com esse resultado garantiram bolsa por dois anos. Uns viriam a subir de nível, como Naide e João Costa, outros viriam a falhar a qualificação olímpica, como aconteceu com a dupla de volei de praia e Damião, a exemplo de Rui Silva, Merino ("tapado" por Diogo Ganchinho) e Chaíça.

Agora, de Pequim-2008 saem como medalhados Nélson Évora e Vanessa Fernandes e por isso com expectativas de receber uma bolsa máxima até 2012.

No nível 2, como prémio de lugares até ao oitavo, estarão Gustavo Lima (se não abandonar a alta competição), Ana Cabecinha (marcha), Ana Hormigo (judo), Bruno Mendes e Pedro Fraga (remo), Pedro Póvoa (taekwondo), Afonso Domingos, Bernardo Santos, Álvaro Marinho e Miguel Nunes (vela).

E no nível 3 entram Vera Santos, António Santos e Obikwelu (atletismo), Emanuel Silva (canoagem), Telma Monteiro, Pedro Dias e João Neto (judo).

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