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FC Porto "socorre-se" de repetição para vencer V. Setúbal

6 dezembro 2010 22:04

Vitória de Setúbal esteve a um pontapé de empatar frente ao FC Porto no estádio do Dragão, quando Jaílson marcou um penálti aos 89 minutos, mas o árbitro Elmano Santos mandou repetir o castigo, alegando não ter apitado.

6 dezembro 2010 22:04

Aos 90 minutos, Jailson bateu Helton de penálti, mas o árbitro Elmano Santos alegou que não tinha apitado, mandou repetir e o avançado do Vitória desperdiçou à segunda, com um remate despropositado por cima da baliza. 

O árbitro Elmano Santos amarelou Otamendi, mas tinha sido Fucile a cometer a alegada falta, pelo que devia ter sido o uruguaio a ser amarelado - e expulso, uma vez que já tinha um amarelo.

Depois do empate em Alvalade, o FC regressou "à normalidade" com o triunfo sobre o Vitória de Setúbal, por curto e complicado 1-0, repondo em oito pontos a vantagem sobre o Benfica. 

FC Porto marcou através de penálti duvidoso

Apenas com triunfos em casa para o campeonato e com o impressionante registo de 23 jogos oficiais sem derrotas (apenas três empates -- dois para o campeonato e um na Liga Europa), o líder somente aos 44 minutos conseguiu desfazer o nulo, na sequência de uma penálti duvidoso, transformada por Hulk. Tal como foi duvidosa a favorável aos sadinos e a repetição exigida pelo árbitro. 

O 12.º golo do avançado brasileiro, melhor marcador da Liga (17 em todas as competições), abriu o jogo para a segunda parte, já que no primeiro tempo a formação sadina se limitou a segurar ao máximo o empate, fazendo da defesa a única estratégia apresentada durante esse período. 

No segundo tempo, o Vitória de Setúbal tentou inverter o ciclo de cinco jogos sem triunfos, ainda ameaçou por Jailson e Pitbull, e até conseguiu apresentar argumentos para contrariar o futebol do FC Porto, hoje aquém daquilo já produzido em outras ocasiões. 

Sem Álvaro Pereira, Maicon, Fernando e Varela, André Villas-Boas, castigado e assim a assistir ao jogo da bancada, deu oportunidade a Cristian Rodriguez para se estrear a titular na Liga, chamando ainda Otamendi, Emidio Rafael e Guarin para o "onze". 

Cautelas defensivas do Vitória de Setúbal

Do lado do Vitória de Setúbal, as ausências também obrigaram Manuel Fernandes a mexidas, mas nem por isso a estrutura habitual dos sadinos se alterou, apresentando o treinador um futebol de contra-ataque e de toque rápido, mas com demasiadas cautelas defensivas no primeiro tempo, que obrigaram o FC Porto a um futebol mais direto. 

Os "azuis e brancos" começaram cedo a criar perigo, logo aos sete minutos, num cabeceamento traiçoeiro de Cristian Rodriguez, que permitiu a Diego uma extraordinária intervenção para a linha de fundo. 

Com o Vitória de Setúbal a defender com 10 elementos -- apenas Jailson ficava na frente -, o FC Porto via-se obrigado a remates de longa distância e foi desta forma que o perigo voltou à baliza sadina, com um "tiro" de João Moutinho, para nova defesa de Diego, aos 27 minutos. 

Belluschi mandou bola à barra

Já na reta final do primeiro tempo, a barra evitou o primeiro golo do FC Porto, quando Belluschi bateu um livre direto.

O FC Porto, mesmo sem criar grandes ocasiões no segundo tempo, pareceu ter o jogo controlado, embora não tenha conseguido, nem através das jogadas individuais de Hulk ou em contra-ataque fazer o segundo, que permitiria outro descanso. 

Já aos 90 minutos, Jailson transformou bem a grande penalidade, mas na repetição exigida por Elmano Santos, desperdiçou um valioso ponto e permitiu o triunfo aos "dragões".