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Salman Rushdie: "Esta é a minha vida e tenho o direito de a escrever"

20 setembro 2012 15:00

Alexandra Carita (www.expresso.pt)

"Tenho muita raiva dentro de mim sobre o que me aconteceu", diz Salman Rushdie. O escritor "maldito", que viveu 13 anos de esconderijo em esconderijo acusado de blasfémia à religião islâmica, relata ao Expresso, numa entrevista a Clara Ferreira Alves, seu exílio diário. 

20 setembro 2012 15:00

Alexandra Carita (www.expresso.pt)

Na semana em que lança o seu tão aguardado livro de memórias, "Joseph Anton" - que em Portugal é publicado pela Dom Quixote -, o autor de "Os versículos Satânicos" fala ao Expresso sobre os seus treze anos de fatwa. "A polícia disse-me que aquilo não durava mais do que meia dúzia de dias. Eu devia ficar calado, quieto e deixar os políticos e diplomatas resolver a coisa," conta. Acusado pelos seus pares, viveu o horror: "Sente-se a falta das coisas pequenas, ínfimas. A chave de casa. Não poder comprar pasta de dentes. Horrível."

Foi preciso tempo para Salman Rushdie conseguir voltar a "reviver o pesadelo". "Tinha medo" de o fazer, confessa. A escrita de "Joseph Anton" afastou-o de todos os seus fantasmas. "Temos de deixar de pensar nesses termos, apostasia, heresia, blasfémia. Esta é a minha vida e tenho o direito de a escrever".

Leia a entrevista na íntegra no caderno Atual da edição impressa de sábado, dia 22 de setembro