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Presidente Guebuza quase vencedor em Moçambique

2 novembro 2009 13:41

Com quase 90% das mesas contadas, Armando Guebuza tem 76,3% dos votos, contra 14,9% de Afonso Dhlakama e 8,8% de Daviz Simango. A FRELIMO ganhou a corrida ao Parlamento de Moçambique.

2 novembro 2009 13:41

Armando Guebuza, Presidente da República moçambicano e candidato a um segundo mandato, deverá ganhar as eleições presidenciais moçambicanas com mais de três quartos dos votos, uma votação idêntica para o partido que representa, a FRELIMO. 

Quando estão contadas quase 90% das mesas de voto (11.357 de 12.699 mesas), os dados do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral

(STAE) indicam que Armando Guebuza tem 76,3% dos votos, contra 14,9% de Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, e 8,8% de Daviz Simango, presidente do MDM. 

Eleições a dobrar

Os moçambicanos foram quarta-feira da semana passada às urnas para escolher o novo Presidente da República, mas também os deputados à Assembleia da República e os deputados às assembleias provinciais.

Os resultados oficiais só devem ser divulgados no próximo dia 12, mas os resultados parciais até agora divulgados dão uma esmagadora maioria à FRELIMO, partido desde sempre no poder em Moçambique, e ao seu candidato a Presidente, Armando Guebuza. 

Segundo uma projecção feita pela AWEPA, Parlamentares Europeus para a África, a FRELIMO deverá conseguir eleger 195 deputados, a RENAMO 47 e o MDM oito deputados. No mandato que agora terminou, dos 250 deputados, a RENAMO tinha 90 e os restantes 160 eram da FRELIMO.  

Com estes resultados, a FRELIMO fica com uma maioria superior aos dois terços, o que lhe permite alterar a Constituição sem necessidade de acordos partidários.  

A novidade MDM

O MDM, Movimento Democrático de Moçambique, criado há pouco mais de seis meses, conseguiu eleger cinco deputados na província de Sofala e três deputados na cidade de Maputo (dados definitivos porque as mesas já foram todas apuradas nos dois círculos). 

A Comissão Nacional de Eleições (CNE), alegando deficiências nas candidaturas, só permitiu que o partido concorresse em mais dois círculos, Inhambane e Niassa, mas não é previsível que eleja aí deputados. 

Daviz Simango, o líder do partido e também candidato presidencial, ficou atrás de Afonso Dhlakama, presidente da RENAMO, em todas as províncias do norte do país. 

Com a entrada do MDM, na Assembleia da República estarão três partidos representados. Desde 1999 que apenas FRELIMO e RENAMO estavam representados.