2 abril 2011 16:18
Presidente do CDS-PP considera que os políticos "não devem entrar em afirmações especulativas sobre questões muito sensíveis".
2 abril 2011 16:18
Paulo Portas, que hoje almoçou na Feira das Tasquinhas em Rio Maior, reagia à manchete do semanário Expresso, segundo a qual o Presidente da República estaria a analisar, com o acordo de PSD e CDS-PP, a possibilidade de Portugal recorrer ao FMI sem pedir ajuda ao Fundo de Estabilização europeu.
"Nunca caí nessa querela relativamente ao FMI. Não faço parte dos que diabolizam o FMI, pela simples razão de que Portugal é membro e não é suposto dizermos mal das organizações a que pertencemos. Mas também nunca fiz parte dos que chamam o FMI, porque vejo Portugal como um Estado Nação e não como um protetorado", afirmou.
"Os partidos não são clubes de futebol"
Portas disse que, "como político responsável", o que lhe compete fazer é "ter preparadas tecnicamente todas as soluções para as circunstâncias, que são difíceis, em que Portugal se encontra".
"Não quero em nenhuma circunstância que haja uma rutura de financiamento nem uma rutura de pagamentos no nosso país, lá fora ou cá dentro", acrescentou.
O líder do CDS-PP advertiu que as "afirmações especulativas" sobre questões como o financiamento da economia e do país "são lidas cá dentro e lá fora" e que o interesse do país tem que ser colocado "acima de tudo".
Questionado sobre as sondagens que hoje colocam o seu partido na fasquia dos 10%, Portas garantiu manter "a mesma humildade" com que reagiu quando no passado davam ao CDS/PP três ou quatro por cento, garantindo que "só se consegue um bom resultado trabalhando muito".
Portas apelou aos eleitores para que, numa situação de "exceção", não sigam a tradição de votar nos partidos de sempre, mas façam uma escolha "excecional", comparando as lideranças, as equipas e os projetos de cada um.
"Os partidos não são clubes de futebol. Os partidos servem ou não o país", disse.