27 agosto 2010 18:13
Depois de ter cancelado o contrato com a Frestacom, a Playboy Internacional mostra interesse em voltar a ter uma edição portuguesa da revista.
27 agosto 2010 18:13
A Playboy Internacional admitiu hoje estar "definitivamente interessada" em voltar a ter uma edição portuguesa, depois do cancelamento do contrato com o grupo Frestacom, que editou a revista em Portugal até este mês.
Em nota enviada à agência Lusa, o advogado da Playboy Internacional responsável pelo caso em Portugal, Fernando Trinca, sublinha que "encontrando o parceiro adequado" a publicação está interessada em regressar ao mercado português, depois do processo judicial aberto nos EUA contra a Frestacom.
A Playboy terminou o seu acordo com a Frestacom "e não foi autorizada a qualquer empresa a publicação da revista em Portugal", sublinha Fernando Trinca.
"Os consumidores portugueses, caso encontrem alguma revista da "Playboy" indicando que é a versão portuguesa, devem ter conhecimento de que a mesma não é autorizada pela Playboy Internacional e não tem qualquer direito de utilizar a marca Playboy", refere.
"Se tivermos conhecimento de uma situação semelhante à referida agiremos legalmente contra os autores", diz ainda o advogado da Rui Pena, Arnaut & Associados.
Venda da Frestacom é "irrelevante" para o lítigio
Sobre a venda da Frestacom a um grupo de capitais russos, como referiu na quarta-feira fonte oficial da Frestacom à Lusa, o advogado da firma contratada em Portugal pela Playboy Internacional diz que tal é "absolutamente irrelevante para o litígio em curso".
"Por um lado, nada impede os titulares de participações sociais de uma empresa de promover a sua alienação, sendo que nada impede uma empresa de promover a alteração da sua denominação social, esteja ou não em curso qualquer litígio judicial", revela.
Por outro, prossegue Fernando Trinca, "a venda das participações sociais de uma empresa não a extingue, conservando esta a sua posição processual no litígio em curso, alterando-se em conformidade a sua denominação no processo.
Sendo que esta situação, a ser confirmada, em nada altera o termo da relação contratual com a Playboy Entreprises".
Novos proprietários dispostos a resolver divergências
Contactada pela Lusa, fonte da Frestacom afirmou que a nova administração tenciona entender "as necessidades da Playboy Internacional para continuar a assegurar o título", estando os novos proprietários da Frestacom dispostos "a resolver qualquer divergência contratual ou financeira".
"Devido à relação delicada existente entre as duas empresas ainda é muito cedo para emitir mais declarações, contudo acreditamos ter argumentos fortes para resolver esta situação rapidamente e continuar a editar a revista de forma legal", sublinhou a mesma fonte.
