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Metade dos alunos vai poder frequentar cursos profissionalizantes

14 julho 2009 15:04

Em três anos lectivos, o número de vagas em cursos profissionais de nível secundário passou de 44 mil para mais de 125 mil.

14 julho 2009 15:04

A meta estava definida para a legislatura e pode ser cumprida no próximo ano lectivo. A partir de Setembro, escolas públicas e privadas vão oferecer um total de 152 mil vagas em cursos profissionais e vocacionais, que dão equivalência ao 12.º ano e uma certificação para o mercado de trabalho.

Ou seja, se os lugares forem todos preenchidos, o sistema educativo português terá, pela primeira vez, metade dos alunos a frequentar vias profissionalizantes de nível secundário e outra metade a tirar os chamados curso gerais,  mais orientados para o prosseguimento de estudos.

Neste aumento da oferta, o destaque vai para aposta no ensino profissional que, entre 2006/2007 e o próximo ano lectivo, verá a sua capacidade passar de 44.500 mil vagas para 126.700. Sobretudo, graças às escolas secundárias públicas, que passaram a oferecer a maioria dos lugares. Com a criação de novos cursos e a transformação do ensino tecnológico neste modelo de formação.

"Esta é uma alteração estrutural do sistema público de ensino e a correcção de um erro histórico, que foi a desvalorização dos cursos profissionais nas últmas décadas. Em quatro anos lectivos conseguimos corrigir este erro e atingir uma meta há muito tempo recomendada pela OCDE", congratulou-se hoje o primeiro-ministro, durante um encontro de apresentação da oferta destas formações para 2009/2010.

José Sócrates lembrou que os cursos profissionais têm uma taxa de abandono e insuceso escolar menor do que as formações gerais, o que ajudará a cumprir a recentemente aprovada obrigatoriedade de frequentar a escola até aos 18 anos.

Quanto mais alternativas de formação houver, mais eficaz é o combate ao abandono escolar, explicou, por seu turno, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, no dia em que milhares de jovens começam a inscrever-se no ensino secundário e a fazer as suas opções.

O primeiro ministro justificou ainda a sua presença no encontro como uma forma de "valorizar socialmente os cursos profissionais e dizer aos portugueses que estas não são alternativas de segunda". "Estes cursos melhoram a competitividade das nossas empresas e da nossa ecomomia. São precisos jovens que, no final do 12º ano, estão habilitados do ponto de vista académico e profissional".

A oferta de cursos e a descrição das profissões associadas podem ser consultadas nas escolas ou nesta morada na Internet.