3 janeiro 2007 16:23
O polémico realizador de A Paixão de Cristo traz-nos mais um filme com uma dose generosa de violência, que nos leva até aos últimos tempos da civilização Maia.
3 janeiro 2007 16:23
Em Apocalypto, o filme que estreia esta quinta-feira, Mel Gibson aventura-se num território pouco visitado por Hollywood, o da América pré-colombiana, nos últimos tempos da civilização Maia, antes da chegada dos espanhóis.
Sob a forma de um empolgante filme épico (que conta com a habitual dose brutal de violência a que o realizador nos começa a habituar e onde não poderiam faltar cenas de sacrifícios humanos), Gibson efectua uma ambiciosa reconstituição de cenários e do ambiente da época. Filmado nas florestas de Catemaco e em Veracruz, no México, Apocalypto é falado em língua maia, contando com um elenco não profissional constituído por descendentes de índios norte-americanos.
A história é centrada na odisseia de um membro de uma tribo maia, habitante das florestas, que é capturado por guerreiros, vindos da grande cidade de pedra e das pirâmides, que subitamente interrompem a sua idílica existência e o pretendem oferecer como sacrifício aos seus deuses. O homem vai ser levado por um mundo dominado pela violência e medo, lutando para conseguir fugir e regressar a casa, para junto da sua mulher grávida e do seu filho.
Ao longo da película os diferentes bairros da cidade maia são-nos pormenorizadamente apresentados, com as suas zonas de indústria e comércio mais prósperas, passando pelo mercado onde as mulheres eram vendidas como escravas.
O grande mistério da civilização Maia foi o seu colapso repentino. Neste filme Gibson procura dar pistas sobre possíveis causas, desde as fomes, doenças, o desgaste causado por guerras, até à corrupção das classes dirigentes.