13 janeiro 2012 17:05
Personalidade do jet set português é testemunha num caso de violência doméstica que envolve as polémicas orgias em que terá participado.
13 janeiro 2012 17:05
José Castelo Branco testemunhou hoje, no Tribunal de Famalicão, num processo por violência doméstica, e disse não se recordar se eventualmente participou em orgias sexuais com um casal daquele concelho.
"Disse que não se recorda", revelou o advogado do arguido, no final de mais uma audiência de um julgamento que decorre à porta fechada.
Aos jornalistas, José Castelo Branco garantiu que pediu à juíza presidente do coletivo para ver o vídeo existente no processo e em que alegadamente aparece numa orgia com o casal de Famalicão: "Por amor de Deus, deixe-me ver as imagens, para a minha sanidade, porque eu preciso de ter a certeza se sou eu, se não sou eu, eu preciso de saber", terá dito à juíza.
José Castelo Branco disse ainda que foi a tribunal "para saber o que se estava a passar", o que estavam ele a mulher ali a fazer e qual era "o papel" deles neste caso, de que "apenas tinham sido informados pelos jornais".
Manifestou-se "cansada e exausta de tanta história, de tanta fantochada" e admitiu que poderá processar quem deu conta da sua participação nas orgias.
Castelo Branco chamado como testemunha
No banco dos réus está João Ferreira, acusado de violência doméstica por, alegadamente, ter coagido, sob ameaça de arma, a mulher a participar em orgias sexuais violentas.
Junto ao processo está um vídeo que, alegadamente, comprovará que José Castelo Branco participou numa dessas orgias. O rei do jet set admitiu que conhece o casal e sublinhou mesmo que, do que se apercebeu da relação entre marido e mulher, haveria "cumplicidade e alegria".
A defesa do arguido João Ferreira arrolou José Castelo Branco como testemunha, para tentar provar que a alegada vítima participava nas orgias de livre e espontânea vontade.
Vídeo pode não servir como prova
Miguel Brochado Teixeira, advogado do arguido, requereu o visionamento do vídeo na sessão de hoje mas o coletivo de juízes recusou o pedido. Segundo fonte judicial, o vídeo poderá não ser aceite como meio de prova, por eventualmente ter sido gravado sem o consentimento das pessoas que nele aparecem.
O advogado já tinha dito que as imagens comprovam "inequivocamente" que não houve qualquer coação: "São imagens explícitas, claras, convincentes e inequívocas, que comprovam que houve uma comparticipação de pessoas adultas que, voluntariamente, praticam factos da vida privada", referiu, no final de uma audiência anterior.
Já para Francisco Peixoto, advogado da alegada vítima, as imagens provam precisamente o contrário: "Veja o vídeo e veja se minha cliente tem alguma participação espontânea naquela situação", referiu
Violência doméstica e outros crime
O arguido, que está em prisão domiciliária, com vigilância eletrónica, responde por um crime de violência doméstica, que incluiu a coação sexual, e ainda por dois crimes de detenção ilegal de arma.
Este caso foi desencadeado na sequência de uma investigação por posse ilegal de armas, durante a qual a mulher do arguido se queixou de violência doméstica.
No processo, há também fotos em que a mulher ostenta nódoas negras no corpo, que a acusação diz serem resultado das agressões do marido, mas que a defesa associa às orgias, em que haveria sessões de sadomasoquismo.