PCP em congresso

Jerónimo de Sousa continua secretário-geral

28 novembro 2008 12:17

Jerónimo de Sousa já assumiu a vontade de continuar à frente do Partido Comunista por mais quatro anos e será reconduzido no congresso que amanhã se inicia em Lisboa.

28 novembro 2008 12:17

Jerónimo de Sousa vai ser proposto para continuar como secretário-geral do PCP, na reunião do Comité Central a eleger no XVIII Congresso Nacional. Fonte do PCP afirma que, "sem surpresas", o nome será proposto para secretário-geral no encontro do Comité Central, que se reúne no segundo dia do XVIII Congresso, a 30 de Novembro, no espaço multiusos/Campo Pequeno, em Lisboa.

A reunião do Comité Central, cuja composição sairá do congresso, realiza-se à porta fechada e o nome do secretário-geral é proposto pelos organismos executivos cessantes - Comissão Política, Secretariado e Comissão Central de Controlo - depois de ouvidos os membros do anterior Comité Central.

Jerónimo de Sousa já assumiu a vontade de continuar à frente do partido por mais quatro anos.

A proposta de Comité Central a apresentar aos cerca de 1.500 congressistas sofre uma redução de 174 para 156 membros, e do principal órgão do PCP entre congressos saem dirigentes como o histórico Carlos Costa, o deputado Honório Novo, Vítor Dias e o sindicalista José Ernesto Cartaxo.

A lista de candidatos, aprovada domingo pelo Comité Central, com dois votos contra e três abstenções, foi publicada na edição de hoje do jornal oficial do PCP, o 'Avante!'. Entram 26 novos dirigentes para ocupar o lugar de elementos históricos como Carlos Costa, que acompanhou o líder histórico Álvaro Cunhal na fuga da prisão de Peniche, em 1960, ou Vítor Dias, durante anos na direcção de Cunhal e depois na de Carlos Carvalhas.

Também António Abreu, ex-candidato presidencial apoiado pelo PCP e antigo vereador da Câmara de Lisboa, está de abalada.

No Comité Central mantém-se, entre outros, o antigo líder Carlos Carvalhas, o vice-presidente da Assembleia da República António Filipe, a ex-deputada Odete Santos e os históricos Albano Nunes e Domingos Abrantes, que deixou a Comissão Política no anterior congresso.

Do sector sindical, mantém-se Arménio Carlos, dirigente da CGTP, e Amável Alves, enquanto outros dois sindicalistas da Intersindical, Maria do Carmo Tavares e José Ernesto Cartaxo, abandonam este órgão.

O secretário-geral Jerónimo de Sousa explica, antes de ser conhecida a proposta de Comité Central, que a lista seria um "caldeamento entre camaradas experientes e jovens quadros".