23 julho 2008 9:52
As famílias ciganas da Quinta da Fonte, que se encontravam concentradas na rotunda da Ponte de Frielas, abandonaram as ruas e ficaram provisoriamente instaladas em casa de familiares.
23 julho 2008 9:52
As famílias ciganas da Quinta da Fonte que estiveram concentradas na terça-feira na rotunda da Ponte de Frielas, no Concelho de Loures, decidiram abandonar as ruas e ficar instalados provisoriamente em casa de familiares.
A decisão surgiu após uma reunião que o porta-voz da comunidade, José Fernandes, e o advogado tiveram na terça-feira à noite com a governadora civil de Lisboa e um representante da Segurança Social.
Em declarações à Lusa, o advogado das famílias Carlos Caria explicou que a governadora civil de Lisboa, Dalila Araújo, colocou a condição da comunidade cigana da Quinta da Fonte sair da rua, para poderem prosseguir as negociações com as 53 famílias, que continuam a recusar regressar àquele Bairro.
"As conversações vão continuar com a senhora governadora civil nos próximos dois ou três dias", revelou Carlos Caria, que se escusou a adiantar mais pormenores.
José Fernandes confessou estar mais confortável agora que se abriu uma nova porta para o diálogo. "A conversar é que a gente se entende", afirmou.
A comunidade cigana, visivelmente cansada, aceitou bem a notícia transmitida por José Fernandes que chegou à Ponte de Frielas por volta das 23h30, juntamente com o advogado Carlos Caria, após a reunião no Governo Civil de Lisboa.
As famílias ciganas que se encontravam acampadas no jardim fronteiro à Câmara Municipal de Loures retiraram-se ao fim da madrugada de terça-feira, na sequência de uma operação policial, sem incidentes, anunciou o comissário Resende da PSP de Loures.
Depois de terem abandonado o jardim, as famílias foram escoltados pela polícia até à Apelação, onde fica a Quinta da Fonte, mas recusaram permanecer no Bairro.
Posteriormente, começaram a dirigir-se para um parque de estacionamento junto à Ponte de Frielas, onde permaneceram até perto da 00h30 de hoje.