30 maio 2012 14:22
As autoridades acreditam que o comportamento do homem que comeu a cara de outro, em Miami no passado sábado, deveu-se ao uso da substância.
30 maio 2012 14:22
O crime do homem que comeu a cara de outro, sábado à tarde, junto a uma auto-estrada de Miami, deverá ter sido suscitado pelo uso de sais de banho como droga.
O caso volta a chamar as atenções das autoridades norte-americanas para os perigos do uso da substância, utilizada como uma variante do LSD e que pode suscitar algo semelhante a uma "psicose de cocaina".
Adquiridos como um produto legal de aromoterapia, os sais de banho contém químicos semelhantes às anfetaminas, tais como methylenedioxypyrovalerone, mephedrone e pyrovalerone - podendo ser inalados, fumados ou injectados.
No ano passado nos Estados Unidos, o National Institute on Drug Abuse advertiu pais, professores e o público em geral para estarem em alerta face ao "emergente e perigoso produto", que já causara diversos internamentos.
Substância bastante aditiva
A substância é bastante aditiva, suscitando sensações de empatia, estimulo, alerta sensorial, euforia, e alucinações. Há também registo de intensos ataques de pânico e psicoses.
Outro dos seus efeitos é o aumento significativo da temperatura do corpo, causando mesmo a sensação de se estar a arder por dentro, o que pode explicar o facto do homem se encontrar despido na altura do crime ocorrido no passado sábado.
As próprias forças policiais ficaram abaladas. O homem encontrava-se nu sobre outro, igualmente despido, a comer-lhe a cara. Um agente policial ordenou-lhe que parasse, mas o homem não obedeceu, só o fez após ter sido alvejado por diversas vezes, acabando por falecer.
A polícia acredita que o autor do crime, Rudy Eugene, de 31 anos, estaria sob o efeito de sais de banho, cujo uso como uma variante do LSD tem aumentado e que tem um potente efeito, podendo suscitar algo semelhante a uma "psicose de cocaína".
A sua vítima, Ronald Poppo, um sem-abrigo de 65 anos, foi levada para o hospital com a cara totalmente irreconhecível.