28 setembro 2012 15:49
Ida de uma caloira para o hospital após a praxe do curso de Gestão de Empresas da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja está na origem da decisão.
28 setembro 2012 15:49
A polémica que se instalou com a entrada no Hospital José Joaquim Fernandes de uma jovem caloira do curso de Gestão de Empresas da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja após uma praxe conheceu hoje um novo desenvolvimento.
O presidente da instituição, Vítor Carioca, comunicou a suspensão "simbólica" das atividades de receção aos novos estudantes, devido "à reserva e a discrição exigíveis em circunstâncias desta dimensão."
No comunicado que emitiu, o presidente aproveitou ainda o comunicado para expressar a sua "consternação", e registar a "infelicidade" de a situação coincidir com o "início do (...) percurso académico no ensino superior", embora ressalve que o caso está "dissociado" das atividades oficiais da instituição.
Já a aluna ainda se encontra internada e, de acordo com as informações recolhidas pelo Expresso, está nos cuidados intensivos, em estado de coma e com prognóstico reservado. O hospital refere ainda que a jovem tinha um historial de problemas cardíacos, sem contudo especificar qual é o diagnóstico ou se foram detetados quaisquer indícios de violência.
Sentiu-se mal a cantar
Recorde-se que a jovem deu entrada no hospital na quarta-feira após ter participado numa praxe académica. Aparentemente, de acordo com estudantes referidos pela Rádio Pax, de Beja, a caloira sentiu-se indisposta enquanto estava a cantar, sendo imediatamente assistida. Posteriormente foi levada para casa pelos colegas, onde ficou em a repousar, mas depois, de acordo com o Público, terá sido encontrada inanimada pela mãe.
De acordo com um comunicado dos estudantes do curso de Gestão responsáveis pelas atividades de praxe enviado à Rádio Pax, estes isentam-se da "culpa" que lhes é "imputada": "tal como vem decorrendo todos os anos desde que começou a actividade de praxe, todos os praxantes têm sempre um especial cuidado com as necessidades básicas e essenciais dos colegas praxados, procurando sempre saber qual o seu estado tanto físico como moral", mencionando ainda que a jovem não revelou qualquer problema de saúde, quando questionada sobre o tema", embora alguns estudantes afirmem ter conhecimento de problemas de saúde da jovem.
Contudo, os responsáveis garantem ainda que, "durante o tempo que esteve no local de praxe a colega não executou qualquer tipo de esforço físico ou foi sujeita à prática de qualquer praxe psicológica, estando apenas a cantar com os restantes colegas".