30 junho 2006 22:08
Tudo ou quase sobre uma das bebida mais populares de sempre num espaço museológico «hi-tec». Mergulhar o visitante num mundo de sensações físicas à volta do tema é o principal objectivo do projecto do arquitecto João Simão.
30 junho 2006 22:08
São mais de 2700 metros quadrados de espaço museológico adaptados aos mais inovadores conceitos tecnológicos de apresentar conteúdos. Um auditório para 120 pessoas, espaços de lazer, esplanadas, cafetarias e restauração complementam a polivalência do mais recente investimento da Delta Cafés, em Campo Maior: O Museu do Café a inaugurar em meados do próximo ano.
O novo museu da Delta é o único na Península Ibérica, o maior da Europa, e pode equiparar-se aos seus congéneres dos Estados Unidos da América e do Brasil, estes mais dedicados à safra do café.
Com assinatura do arquitecto João Simão e conceito expositivo da empresa espanhola e-cultura, o museu apresenta-se como uma grande nave com espaços interligados por desníveis, possibilitando a utilização plena do edifício como um só espaço se isso for necessário. Como se de um pavilhão se tratasse, o museu está preparado para receber todo o tipo de eventos culturais, concertos, por exemplo, podendo acolher mais de 700 pessoas.
Tendo como base a história do café, da empresa e de Rui Nabeiro, o espaço percorre-se através de rampas amovíveis, que procuram fazer mergulhar o visitante num mundo de sensações físicas à volta do tema.
Painéis de projecção são capazes de transportar o visitante do topo da Torre Eiffel, em Paris, onde começa a beber a sua bica, até à Estátua da Liberdade, em Nova Iorque para a terminar. Todo um sistema computorizado coordena vários recursos tecnológicos sensoriais, que ao mesmo tempo fornecem informação rápida e aliciante.
O ex-libris do museu não deixa, no entanto, de ser uma estufa com mais de 100 metros quadrados, que simula na perfeição o clima húmido em que a planta do café se desenvolve. Atravessada por regatos de água, a estufa simula ainda uma passagem rápida por um qualquer país equatorial.
Por fim, destaca-se uma panóplia de objectos relacionados com o fabrico do café e que fazem parte de um espólio riquíssimo reunido pela família Nabeiro ao longo de décadas, oriundos dos muitos países por onde a empresa tem passado à procura de novos lotes.
O espaço do museu vai complementar a actividade da adega (um projecto de Siza Vieira), quase concluída, mesmo ao lado, e que tem por objectivo promover o enoturismo e a gastronomia raiana.