26 setembro 2007 23:39
Dos dois homens detidos por profanarem as campas do cemitério judeu de Lisboa, um já era arguido no processo dos skinheads e o outro, embora tivesse sido investigado, não foi acusado.
26 setembro 2007 23:39
A comunidade judaica está "chocada" com o que aconteceu esta madrugada no cemitério judeu de Lisboa, junto ao Alto de S.João. Dois skinheads foram detidos pela PSP quando vandalizavam várias campas. Foram destruídas 17 sepulturas, algumas foram pintadas com a suástica nazi e noutras foram mesmo arrancadas as placas de identificação.
Numa declaração exclusiva para o Expresso, o presidente da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL), José Oulman Carp, disse que "a comunidade judaica está chocada com o que aconteceu e com o facto de situações destas terem chegado a Portugal".
Segundo fonte policial, um dos detidos, Carlos S., é arguido no processo dos skinheads, que recentemente levou à prisão um dos líderes do movimento, Mário Machado. Carlos S. é acusado de descriminação racial e ofensas à integridade física. O segundo skinhead detido, João D. foi também investigado no âmbito deste mesmo processo, mas não lhe foi deduzida acusação.
O alerta foi dado por um anónimo que ouviu barulhos no interior do cemitério, onde são sepultados judeus da comunidade portuguesa há várias gerações. Todos os familiares das pessoas cujas campas foram vandalizadas foram contactadas pela CIL para serem informadas sobre o sucedido. O cemitério está agora com segurança reforçada da PSP.
Os dois homens ainda não foram interrogados pelo juiz de instrução criminal.