22 julho 2008 9:39
A PSP obrigou, ao inicio da manhã, as famílias ciganas que se encontravam acampadas frente à Câmara de Loures a abandonarem o local. As famílias encontram-se agora concentradas em Frielas.
22 julho 2008 9:39
As famílias ciganas. que foram retiradas hoje de manhã do jardim em frente à câmara de Loures pela PSP, recusaram encaminhar-se para o bairro da Quinta da Fonte, onde residem, estando agora concentradas junto à ponte de Frielas.
Depois de terem abandonado o jardim, as famílias foram escoltados pela polícia até à Apelação, onde fica a Quinta da Fonte, mas recusaram permanecer no bairro, contou à Lusa Sérgio Fernandes, um elemento da comunidade cigana. A Lusa constatou no local que as famílias começaram a dirigir-se para um parque de estacionamento junto à ponte de Frielas. "Recusamos ficar no bairro" disse Sérgio Fernandes, um dos moradores da Quinta da Fonte, que já se encontra junto à ponte de Frielas. "A comunidade cigana está a ser impedida de se movimentar dentro do concelho de Loures", acusou ainda. Este morador da Quinta da Fonte acusou ainda a polícia de "apontar armas às crianças" e de os ter encaminhado "contra vontade para o Bairro Quinta da Fonte". "Eram seis e tal da manhã, uma escolta de alta segurança policial começou a apontar armas. Apontaram às crianças e estas entraram em pânico", contou Sérgio Fernandes.
O comissário da PSP de Loures Resende da Silva negou que tenham sidoapontadas armas a crianças durante a operação de retirada de famílias da comunidade cigana que estavam concentradas em frente à câmara de Loures. "A polícia não apontou armas", frisou à Lusa o oficial, responsável pelas operações, salientando ainda que as famílias saíram "sem resistência e ordeiramente".
As famílias ciganas que se encontravam acampadas no jardim fronteiro à Câmara Municipal de Loures retiraram-se ao fim da madrugada de hoje, na sequência de uma operação policial, sem incidentes, anunciou hoje de manhã o comissário Resende da PSP de Loures. A operação iniciou-se cerca das 6h15 e "decorreu sem incidentes", tendo as autoridades comunicado às 53 famílias ciganas acampadas no jardim que teriam de sair do local, pois a atitude configurava "uma manifestação ilegal", referiu o comissário Resende. De acordo com o relato do responsável policial à rádio TSF, as famílias ciganas retiraram-se do local, não se tendo registado incidentes.
Estas famílias tinham decidido acampar no jardim fronteiro à Câmara de Loures exigindo a atribuição de casas noutro local e recusando o regresso à Quinta da Fonte, alegando não terem condições de segurança após os confrontos violentos na semana passada, nas ruas do bairro, entre as comunidades africana e cigana que ali vivem.