16 janeiro 2009 13:10
Em comunicado divulgado hoje, o advogado de Leonor Cipriano diz que a mãe de Joana revelou factos novos referentes ao desaparecimento da filha.
16 janeiro 2009 13:10
A mãe de Joana, a menina que desapareceu em Portimão há quatro anos, Leonor Cipriano, alterou o seu depoimento e atribui agora a morte da filha ao tio, também condenado pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
Em comunicado divulgado hoje, o advogado de Leonor Cipriano diz que a mãe de Joana revelou factos novos referentes ao desaparecimento da filha, documentados e assinados quinta-feira na prisão de Odemira, onde se encontra detida.
Segundo Marcos Aragão Correia, o tio da menina, João Cipriano, terá convencido a irmã a entregar a filha aos cuidados de pessoas estranhas à família, em contrapartida de uma ajuda monetária.
Contudo, a entrega não terá corrido como inicialmente planeado, o que resultou no assassinato de Joana Cipriano por parte de João Cipriano, condenado com a irmã a 16 anos de prisão.
O causídico defende Leonor Cipriano no caso das alegadas agressões de que foi alvo por parte de inspectores da Polícia Judiciária (PJ), que hoje é retomado no Tribunal de Faro, para que não haja interrupção de produção de prova.
Durante o julgamento do "caso Joana", Leonor e João Cipriano remeterem-se ao silêncio, nunca tendo prestado declarações sobre o desaparecimento da menina.
No julgamento das alegadas agressões por inspectores da PJ, a assistente no processo, Leonor Cipriano, optou por falar em tribunal.
O advogado mandatado por Leonor vai hoje à tarde emitir declarações aos jornalistas sobre a alteração do depoimento à porta do Tribunal de Faro, acompanhado do padrasto de Joana, António Leandro Silva.
As declarações serão precedidas da entrega ao Ministério Público do documento de oito páginas assinado quinta-feira pela mãe de Joana.
O julgamento das alegadas agressões a Leonor Cipriano por inspectores da Polícia Judiciária regressa hoje à barra do Tribunal de Faro, para que não haja interrupção na produção de prova, continuando depois na próxima quinta-feira.
As acusações do Ministério Público contra cinco inspectores e ex-inspectores da Judiciária surgiram na sequência dos interrogatórios na PJ de Faro em 2004, altura em que Leonor terá aparecido com lesões na cara e no corpo no Estabelecimento Prisional de Odemira, onde estava em prisão preventiva.
Três inspectores são acusados de crime de tortura, um é acusado de crime de falso testemunho e de omissão de denúncia e um quinto é acusado do crime de falsificação de documento.
A mãe de Joana, Leonor Cipriano, e o tio, João Cipriano, estão condenados pelo Supremo Tribunal de Justiça a 16 anos de prisão cada um, pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver da criança.