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Carolina Salgado regressa hoje ao tribunal

4 março 2009 9:51

A ex-companheira de Pinto da Costa irá hoje completar o seu testemunho no Tribunal de Vila Nova de Gaia, à saída do qual foi ontem alvo de insultos e alegada agressão por populares. 

4 março 2009 9:51

Carolina Salgado, principal testemunha do chamado "caso do envelope" no Apito Dourado, que envolve Pinto da Costa, volta hoje a tribunal depois de ontem ter sido alvo de insultos e alegada agressão por populares.

A ex-companheira de Pinto da Costa ainda chegou a depor na manhã de terça-feira, respondendo a perguntas da juíza do processo e do Ministério Público, mas faltou à tarde, altura em que deveria ser questionada pela defesa dos arguidos.

A ausência foi justificada por falta de "condições emocionais" para continuar a depor depois de ter sido vítima de uma alegada agressão (acompanhada de inúmeros insultos) quando abandonava o tribunal para almoço.

A ex-companheira de Pinto da Costa chegou a procurar os serviços do hospital de Gaia, de acordo com fonte hospitalar, avançando também com queixa policial sobre o incidente.

Também a irmã gémea de Carolina, Ana Maria Salgado, não compareceu à chamada do tribunal para a sessão da tarde. Visivelmente nervosa toda a manhã, enquanto esperava ser chamada, Ana Maria Salgado abandonou as instalações depois de dar conta do seu estado aos funcionários do tribunal e agentes da autoridade.

Em audiência, Carolina Salgado manteve o que dissera em fase de inquérito, afiançando que Pinto da Costa pediu os favores do árbitro no jogo Beira-Mar/Porto e lhe entregou um envelope com 2.500 euros.

Já o presidente do FC Porto negou a alegada tentativa de suborno de Augusto Duarte, O dirigente portista afirmou que o árbitro, pronunciado por corrupção passiva desportiva, se dirigiu a sua casa para pedir ajuda na resolução de problema familiar, que nada teria a ver com dinheiro ou futebol.

A tese de Pinto da Costa foi corroborada pelo co-arguido António Araújo - um empresário de futebol que, tal como o presidente portista, está pronunciado pelo crime de corrupção activa desportiva.

O "caso do envelope" reporta-se ao encontro Beira Mar-FC Porto, da 31.ª jornada da Superliga de 2003/2004 - realizado em 18 de Abril de 2004 e que terminou com um empate sem golos - enquadrando-se no processo "Apito Dourado", relacionado com alegada corrupção e tráfico de influências no futebol profissional e na arbitragem.