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A Casa Grande de Aquilino

A Casa Grande de Aquilino
TIAGO MIRANDA

Após a morte do pai, Aquilino Ribeiro herda, em 1918, a Casa de Soutosa, refúgio e lugar de escrita. No interior há agora milhares de livros da biblioteca do escritor, pinturas e esculturas. Existem ainda milhares de documentos de Aquilino, na Biblioteca Nacional, aguardando o regresso a Soutosa

Amadeu Araújo e Tiago Miranda

É uma casa, senhorial, com um enorme pinhal, relvado e edifícios de apoio. No interior milhares de livros, pinturas e outros objetos que constituem um espólio único de

Aquilino Ribeiro, considerado por muitos, o maior prosador do século XX na literatura.

Aquilino Ribeiro nasceu na freguesia do Carregal, em Sernancelhe, foi batizado na igreja da Nossa Senhora da Corredoura, em Alhais, concelho de Vila Nova de Paiva e passou largos períodos da sua vida na casa herdada do pai, em Soutosa, Moimenta da Beira. Estes três concelhos são as “Terras do Demo, livro de Aquilino, escrito em 1919 e que crismou a identidade da região.

A casa exige obras urgentes e tem valido a ação de um mecenas, Natário Afonso “que ali investiu mais de 150 mil euros”, conta Pedro Sousa, presidente da Junta de Freguesia de Pêva e Segões.

Quando o pai, o padre Francisco Ribeiro, faleceu Aquilino herda a casa, onde passava férias e onde escreveu muitos dos seus livros. Foi também ali que se “refugiou, quando perseguido pela polícia política do Estado Novo”, conta Paulo Neto, Diretor da revista literária "aquilino".

Paulo Figueiredo, presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira esteve, em finais do ano passado, reunido com o Ministério da Cultura, para reclamar a requalificação e reabilitação da Casa do escritor, sem sucesso.

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