É uma rua sinuosa, pouco ‘direita’ e que durante séculos dividiu o burgo medieval de Viseu. Esta rua estreita já foi o local de maior comércio da cidade. Hoje as casas antigas estão em recuperação, há novos comércios e um público mais jovem desce e sobe a velha artéria
A rua Direita já foi “o maior centro comercial de Viseu” e hoje tem muitas lojas fechadas, prédios abandonados, edifícios esquecidos.
Uma nova ourivesaria instalou-se no começo da rua Direita, onde são visíveis casas senhoriais, janelas manuelinas e lojas tradicionais, como uma chapelaria ou restaurantes modernos, que substituíram as velhas casas de pasto. Outras lojas abriram portas e o renascer da rua está em movimento.
“Bateu no fundo, está em requalificação e já se está a levantar, a renascer”.
O desabafo é de Filipe Casca, um dos mais exclusivos alfaiates do país, com atelier no princípio da rua Direita, logo após as “quatro esquinas”, que fazem a interseção com outra artéria da cidade.
São 500 metros de laje, antiga, que cobrem aquela que na época medieval ficou conhecida como Rua das Tendas. Principal polo comercial da cidade, liga as portas de S. José, extinta e a dos Cavaleiros, um dos ícones do burgo.
A ligação entre as duas entradas da cidade, na época medieval, alterou-lhe o nome para Direita, mas é tortuosa e rica. E continua principal por possibilitar a ligação do centro de Viseu ao Parque do Fontelo.
A chegada das grandes superfícies desmantelou a rua que chegou a somar 300 lugares de comércio, entre lojas, cafés, farmácia e padarias. E um quartel militar que é hoje sede de uma associação cívica.
A rua ganhou entretanto novo movimento, com a chegada de uma escola profissional e um hotel de estilo japonês.
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