Há 33 anos a pequena aldeia de Campo Benfeito, no concelho de Castro Daire, saltou da Serra do Montemuro para os palcos mediáticos. O Montemuro deu nome ao teatro e à companhia, que se tornou profissional e o teatro continua, até hoje, a ser a fonte de sustento e rendimento para oito pessoas que nele trabalham a tempo inteiro
Por um lado, ou outro, do Montemuro, o caminho é sempre feito por estradas sinuosas, a 850 metros de altitude, encosta acima, as vistas atiradas à largueza da paisagem e estamos em Campo Benfeito. Acima da vertente da serra, um pequeno santuário, um cruzeiro e a placa. O teatro é ali e há anos que os espetadores fazem fila para entrar e ocupar uma das 90 almofadas da plateia.
O Teatro Regional da Serra do Montemuro é uma companhia de itinerâncias, mas as estreias ocorrem sempre por entre o granito e os carvalhos que ainda restam na serra.
A esta altitude, a vida é feita de pastoreio, lavoura e chocalhos. E cultura.
Teatro já emprega oito atores
Num pequeno planalto, janela aberta ao rio Balsemão e ao Rossão, o cenário está montado. Na aldeia vive meia centena de pessoas, a antena de telemóvel, luta de muitos anos lá está e o teatro já leva décadas de costumes.
O “Teatro Regional da Serra de Montemuro é uma estrutura profissional, com 8 atores”, conta Eduardo Correia, 55 anos de vida na montanha. Criado em 1990, é hoje uma estrutura profissional, que se fez referência nacional e internacional na criação e difusão do teatro. E que colocou a pequena aldeia de Campo Benfeito no mapa.
Do acervo de peças e dramaturgias, o enredo é feito de lendas, vivências e origem.
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