A aldeia parece um labirinto, implantada num planalto que a Primavera pintou a verde e amarelo e de onde se espraiam os horizontes que deram mundo ao maior filho da terra. S. Pedro do Rio Seco tem o nome de Eduardo Lourenço espalhado em inúmeras placas e na aldeia sonha-se com um centro de interpretação para estudar o pensamento do ensaísta que ali nasceu, em 1923 e lá viveu dez anos.
O professor, que em 1986 questionava “como é que um homem nascido em S. Pedro do Rio Seco pode ser outra coisa que não português?”, nunca esqueceu a aldeia.
Foi lá que acabou de escrever “O Labirinto da Saudade” e para onde enviava cartas, postais e outra correspondência.
“Foi nesta sala onde acabou ‘O Labirinto da Saudade”, conta Alcino Fernandes, amigo e confidente do pensador que ia pela aldeia na “companhia de Vergílio Ferreira”. Era de Alcino a casa onde Lourenço se instalava e era com ele que “passeava pela aldeia, indo ao Calvário, ao Ribeiro e ao Bairro Vermelho, onde tinha barbeiro”.
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