
Concelhos de Guarda e Seia respondem por 80% dos apoios aprovados no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, incluindo investimentos públicos e privados nas energias renováveis
Concelhos de Guarda e Seia respondem por 80% dos apoios aprovados no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, incluindo investimentos públicos e privados nas energias renováveis
jornalista
Até ao início desta semana, o distrito da Guarda viu aprovados €51 milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo recebido os primeiros €7 milhões entre apoios às empresas e às famílias e demais adiantamentos aos investimentos públicos e privados que estão a chegar ao terreno com o patrocínio da chamada ‘bazuca’ europeia.
Os concelhos de Guarda (€25 milhões) e Seia (€15 milhões) respondem por 80% dos fundos já aprovados ao distrito. Seguem-se os concelhos de Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Vila Nova de Foz Côa, Trancoso, Gouveia e Almeida que viram aprovados acima de um milhão de euros de fundos do PRR.
Um terço do primeiro dinheiro injetado pela ‘bazuca’ no distrito da Guarda foi para o concelho da Guarda (€2,4 milhões) e um sexto para Seia (€1,2 milhões). Seguem-se Sabugal, Pinhel, Gouveia e Trancoso, concelhos que contabilizam pagamentos do PRR em torno do meio milhão de euros.
Manteigas é o concelho do distrito da Guarda com menos montante aprovado (cerca de €172 mil) e menos dinheiro recebido (cerca de €104 mil), até ao momento.
Os dados da Estrutura de Missão Recuperar Portugal reportam-se a 27 de março, devendo subir à medida que mais projetos são aprovados e pagamentos processados.
Na capital do distrito, o destaque vai para o investimento municipal no Parque Industrial da Guarda - incluindo a criação de uma comunidade de energia renovável, com empresas instaladas – e para o investimento privado no hidrogénio ou gases renováveis. Com as verbas da ‘bazuca’ europeia, o edifício Filipa de Lencastre está a ser requalificado para instalação da unidade de saúde familiar "A Ribeirinha".
Em Seia, também se investe no hidrogénio e gases renováveis. Antigas instalações fabris estão a ser adaptadas para cem novas camas de alojamento estudantil, um investimento a cargo da Estamo, Participações Imobiliárias. Outro dos maiores investimentos previstos é na creche do Centro Paroquial de Seia.
Entre os maiores projetos aprovados pelo PRR a nível concelhio, destacam-se o Centro de Saúde de Aguiar da Beira; a ampliação da estrutura residencial para pessoas idosas e centro de dia da Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira ou o investimento na eficiência energética a cargo da Fundação Côa Parque - Museu do Côa Centro Ciência Viva.
A partir de Trancoso, a Associação Empresarial do Nordeste da Beira aposta na formação de ativos empregados com única e exclusiva incidência em desenvolvimento de competências digitais. Em Gouveia, a Sociedade de Granitos e Areias da Beira investe num projeto de responsabilidade ambiental e descarbonização industrial com o apoio da ‘bazuca’ europeia. Já a Associação Socio-Terapêutica de Almeida (IPSS) investe no centro de atividades e capacitação para a inclusão para pessoas com deficiência. No Sabugal, o maior investimento é do município na implementação de percursos acessíveis em grande parte da vila do Soito, nos principais pontos que respeita a comércio, serviços e equipamentos.
Em Fornos de Algodres, o maior projeto do PRR é a criação de uma resposta inovadora que assenta num modelo de habitação colaborativa e comunitária a cargo Associação de Promoção Social, Recreativa, Desportiva e Humanitária de Maceira. Em Pinhel, o investimento numa residência autónoma e no conceito de vida independente e autodeterminação de pessoas com deficiência está a cargo da Associação ADM Estrela.
Mêda e Figueira de Castelo Rodrigo têm como maiores apoios do PRR na ordem dos €25 mil para aquisição de veículos elétricos para aumentar as respostas sociais a cargo do terceiro sector, caso de diversas associações, centros sociais ou da Santa Casa da Misericórdia. Em Manteigas, lideram os apoios à criação de emprego.
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