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Agricultura na Beira Interior. Um problema chamado 'regadio'

Agricultura na Beira Interior. Um problema chamado 'regadio'
José Fernandes

O projeto hidroagrícola de Idanha foi o primeiro a ser construído pelo Estado Novo, mas sete décadas depois e apesar das inúmeras obras, os 8 mil hectares de regadio registam perdas que rondam os 60%. Um desperdício que abre uma ferida enorme na primeira biorregião portuguesa, territórios sustentáveis, onde abrem escolas, multiplicam-se empregos e há uma oferta crescente de produtos e serviços ecológicos

Amadeu Araújo

Da Zebreira a Malpica do Tejo vão 8300 hectares de regadio, por entre as aldeias dos concelhos de Castelo Branco e Idanha, onde a reforma agrária determinou a posse da terra.

Foi há 48 anos que a Reforma Agrária assolou a Beira Baixa, a norte do rio Tejo, nos concelhos de Castelo Branco, Covilhã e Idanha-a-Nova. Em 1975 foram nacionalizadas as terras, enormes herdades que beneficiaram das obras de hidráulica agrícola do Estado Novo.

É aqui que começa o latifúndio, como sinalizou o geógrafo Orlando Ribeiro: “O Alentejo começa no Pônsul”.

A construção de uma barragem no rio Pônsul, crismada de Marechal Carmona, permitiu a irrigação das terras. As obras começaram em 1937 e o Estado introduz a sua exploração em 1949. A partir de 1954, a barragem passou a ser gerida pela Associação de Regantes.

“Iniciou-se um ciclo de grandes produções, com o tabaco, tomate, algodão, pêssegos e melancia, até que o Estado abandonou as terras”, lembra Paulo Tomé, presidente da Associação de Regantes e agricultor com 3500 hectares de culturas arvenses.

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