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Só duas automotoras fabricadas há 70 anos ligam Portalegre à ferrovia nacional

Só duas automotoras fabricadas há 70 anos ligam Portalegre à ferrovia nacional
TIAGO MIRANDA

Os comboios mais antigos e movidos a gasóleo em Portugal são a conexão entre a capital do Alto Alentejo e a ferrovia nacional. Atrasos e avarias são rotineiros no serviço que a CP fornece aos passageiros da linha do Leste votada ao abandono

Tomás Guerreiro

São cerca de 15 euros, para que um taxista percorra 12 quilómetros do IP2 no sentido de Estremoz, desde o centro histórico de Portalegre até à estação de caminhos de ferro que serve a cidade. Existe um transfere organizado pela Câmara, mas ninguém conhece os horários.

Um silo gigantesco surge no horizonte. A fachada da estação está emparedada, o piso superior foi posto à venda. Azulejos envelhecidos esverdeados gravados com flores-de-lis ornamentam o exterior do edifício inaugurado pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses em 1863. Freixos, oliveiras e pinheiros crescem na margem.

As traves de madeira que assentam as cinco vias férreas foram devoradas pelo tempo, duas são dedicadas à locomoção de passageiros, outra serve o transporte de mercadorias. As restantes já não são operadas.

Uma cegonha bate as asas, estica-as e desaparece a planar. Não se vê vive-alma, o café da estação encerrou. O anexo que albergava o negócio está a venda, com letreiros quase ilegíveis que avisam que o promotor é o Estado. Uma silhueta caminha desde o fundo da linha até à plataforma de embarque. É António Ribeiro, de 63 anos, chefe da estação, funcionário das Infraestruturas de Portugal desde os 21.

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