São cerca de 15 euros, para que um taxista percorra 12 quilómetros do IP2 no sentido de Estremoz, desde o centro histórico de Portalegre até à estação de caminhos de ferro que serve a cidade. Existe um transfere organizado pela Câmara, mas ninguém conhece os horários.
Um silo gigantesco surge no horizonte. A fachada da estação está emparedada, o piso superior foi posto à venda. Azulejos envelhecidos esverdeados gravados com flores-de-lis ornamentam o exterior do edifício inaugurado pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses em 1863. Freixos, oliveiras e pinheiros crescem na margem.
As traves de madeira que assentam as cinco vias férreas foram devoradas pelo tempo, duas são dedicadas à locomoção de passageiros, outra serve o transporte de mercadorias. As restantes já não são operadas.
Uma cegonha bate as asas, estica-as e desaparece a planar. Não se vê vive-alma, o café da estação encerrou. O anexo que albergava o negócio está a venda, com letreiros quase ilegíveis que avisam que o promotor é o Estado. Uma silhueta caminha desde o fundo da linha até à plataforma de embarque. É António Ribeiro, de 63 anos, chefe da estação, funcionário das Infraestruturas de Portugal desde os 21.
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