
Em busca do sentido da vida e da condição humana brindados pela serra que inspirou Vergílio Ferreira
Em busca do sentido da vida e da condição humana brindados pela serra que inspirou Vergílio Ferreira
Jornalista
Da envolvente e mistérios da serra, mas sobretudo da existência e da condição humana se questiona permanentemente o professor, romancista e ensaísta que fez do enquadramento monumental e granítico casa. “Chamavam-no a serra, o silêncio das vozes ermas no campo, dos rebanhos solitários, a paz sem razão, imposta à força”, lê-se em “Mudança”. Em Melo, aldeia de montanha onde nasceu Vergílio António Ferreira d’Oliveira em 1916, viu toda a família emigrar para a América. O evento marcante, nebuloso na memória de uma criança de quatro anos, havia de cunhar vida e obra: aqui ficou até aos 10 anos, ao cuidado de tias e avó, antes de ingressar no Seminário do Fundão. Mais tarde, é na Guarda que sublinha a consciência de si, finalmente dono do seu destino. Em Coimbra, estuda Filologias Clássicas e outras geografias definem o percurso como professor. Bragança, Faro e Évora, cenário de “Aparição”, anteciparam Lisboa.
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