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País tem 45 grupos para reforço no combate aos fogos e estão a ser mobilizados

País tem 45 grupos para reforço no combate aos fogos e estão a ser mobilizados
D.R.

Portugal tem disponíveis 45 equipas de reforço de combate aos fogos florestais, distribuídos de norte a sul do país, que pela primeira vez contam com um elemento de ligação em cada distrito, para ajudar nos acessos e reconhecimento dos fogos para onde são destacados

O incêndio de Castelo Branco mantém-se ativo há seis dias no terreno. Este domingo volta a ser dia de calor, o índice de risco de incêndio é elevado e a Proteção Civil reforçou os meios disponíveis a Sul, com equipas de reforço.

O interior do país está em alerta meteorológico laranja e a Proteção Civil destacou uma coluna de reforço de bombeiros “que vai ficar estacionada em Almodôvar”, confirmou ao Expresso Rodrigues Bertelo, oficial de ligação no Comando Nacional de Operações de Socorro.

A situação mais grave, “mas que não oferece risco”, decorre em Castelo Branco onde um fogo, que começou no dia 7, tem registado reacendimentos e ainda não foi dado como extinto. O fogo de S. Vicente da Beira, em Castelo Branco, ocupa a esta hora 46 bombeiros e 16 viaturas, meios que estão a ser reforçados desde o princípio da manhã, que procuram consolidar o rescaldo e dar o incêndio como extinto. Um responsável na frente de incêndio explicou ao Expresso que a situação “é de acalmia, mas a área é muito grande e decorrem operações para eliminar pontos quentes e consolidar o rescaldo”.

A Proteção Civil não o considera extinto e classifica-o como estando em “conclusão”.

No conjunto do país estão disponíveis 285 viaturas e 699 operacionais, dos bombeiros, GNR e sapadores florestais, para reforço no combate às chamas.

Três destes grupos estão, desde sexta-feira, destacados no Algarve, Castelo Branco e Vila Real.

Além de um grupo de reforço para cada distrito, existem ainda mais 27 grupos que podem ser projetados para locais onde a capacidade local não seja suficiente para o combate ao fogo.

Pela primeira vez estes grupos contam com um elemento de ligação, no distrito para onde são deslocados. Uma inovação que permite resolver dificuldades no reconhecimento e no acesso para os locais de incêndio.

Destes grupos há “brigadas da Força Especial de Proteção Civil destacados em Guimarães, Trancoso, Proença-a-Nova e Almeirim, onde está também disponível uma equipa de reconhecimento e análise”, detalhou Rodrigo Bertelo.

Desde que foi elevado o nível de alerta, a 10 de junho, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas registou 110 incêndios e 45 hectares de área ardida, onde ainda não está incluída a floresta queimada em Castelo Branco.

Já neste domingo foram registados 8 fogos, dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto e Beja, seis dos quais estão extintos.

Beja, Castelo Branco, Guarda, Évora, Portalegre e Bragança são os distritos que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera elevou o alerta para “laranja”, devido à subida das temperaturas.

Desde o início do ano arderam já 10698 hectares, um sexto do que é expectável que venha a arder em 2022, de acordo com o Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos. Este plano aponta como “limite aceitável” 60 mil hectares de área ardida no conjunto do ano.

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