Exclusivo

Sociedade

“Não podemos dar-nos ao luxo de esperar. Daqui a 20 anos já não há nada para salvar”: Tiago Pitta e Cunha, homem do mar e Prémio Pessoa 2021

“Não podemos dar-nos ao luxo de esperar. Daqui a 20 anos já não há nada para salvar”: Tiago Pitta e Cunha, homem do mar e Prémio Pessoa 2021

Uma vida de olhos postos no mar valeu-lhe o Prémio Pessoa 2021. Uma conversa sobre o potencial do enorme oceano que Portugal tem à porta de casa

“Não podemos dar-nos ao luxo de esperar. Daqui a 20 anos já não há nada para salvar”: Tiago Pitta e Cunha, homem do mar e Prémio Pessoa 2021

Carla Tomás

Jornalista

“Não podemos dar-nos ao luxo de esperar. Daqui a 20 anos já não há nada para salvar”: Tiago Pitta e Cunha, homem do mar e Prémio Pessoa 2021

Pedro Cordeiro

Editor da Secção Internacional

“Não podemos dar-nos ao luxo de esperar. Daqui a 20 anos já não há nada para salvar”: Tiago Pitta e Cunha, homem do mar e Prémio Pessoa 2021

Tiago Miranda

Fotojornalista

Tiago Pitta e Cunha deixou a carreira de advogado para se lançar à aventura do mar. A dedicação à valorização do oceano durante mais de 25 anos valeu-lhe o Prémio Pessoa 2021. O jurista de 54 anos espera que “o prestígio deste prémio possa ser também um bocadinho a força desta causa e destas ideias”. Se assim for, diz, vale muito mais do que o valor monetário. Para o júri, presidido por Francisco Pinto Balsemão, o galardão reconhece a Pitta e Cunha “o empenho na defesa dos Oceanos” ao longo de quase metade da sua vida. É o 35º premiado com esta distinção pelo trabalho e a obra de personalidades portuguesas das Artes, da Cultura e da Ciência, criada em 1987, por iniciativa do Expresso e da Caixa Geral de Depósitos.

A sua paixão é o mar, e esta relação de mais de 20 anos é agraciada com o Prémio Pessoa. Que reflexo terá nas políticas do mar?
Isso parece quase… a lista do wishful thinking, como se fosse a carta ao Pai Natal. Não tenho dúvidas de que o prémio se deve muito ao tema, que tem vindo a fazer caminho não só em Portugal como na União Europeia e na Comissão Europeia, onde trabalhei e onde continuo a ser consultor. É claro que, para meu lamento, há um enorme intervalo entre ação climática e a ação para os oceanos. O Pacto Ecológico Europeu é extremamente importante, talvez a decisão mais substantiva e estratégica que a Europa tomou desde Maastricht. Os Governos compreenderam, tanto que tomaram medidas, os ministros do Ambiente passaram a ser do Ambiente e da Ação Climática, sabemos como canalizar muitos dos incentivos financeiros na transição para a economia verde. Mas o mar não está muito presente no pacto ecológico.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ctomas@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate