
Especialistas admitem mais margem de subida para o Chega nas eleições legislativas deste ano. Mas ainda há obstáculos no caminho de André Ventura
Especialistas admitem mais margem de subida para o Chega nas eleições legislativas deste ano. Mas ainda há obstáculos no caminho de André Ventura
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O crescimento do Chega é rápido”, até mesmo “comparativamente” ao que se passa na Europa, garante André Azevedo Alves, professor na Universidade Católica com estudos publicados acerca da direita radical. Esta semana, depois da convenção do Chega, um outro politólogo, Pedro Magalhães, surpreendeu ao demonstrar que o partido já é dominante entre os mais jovens (pelo menos até aos 25 anos). Com cerca de 15% nas sondagens em média, todos se perguntam até onde pode crescer o Chega. “Não me espantaria nada que ficasse já entre os 15% e os 20%”, diz Azevedo Alves, sublinhando que muito depende de como se posicionar a AD na competição pelos votos, sobretudo à direita.
Os dados de Pedro Magalhães surpreendem, não tanto pela adesão dos mais novos ao partido — esses têm ainda menos ligação afetiva aos partidos tradicionais e o radicalismo da mensagem e o profissionalismo do partido de André Ventura em redes sociais como o TikTok podem ajudar a explicar o fenómeno —, mas pela abrangência que o Chega já alcança. O que mostram as sondagens, concluiu o também coordenador das sondagens do ICS-ISCTE, é que só há três grupos socioeconómicos com menos predisposição para apoiar esta nova direita populista: as mulheres, os licenciados e os praticantes religiosos. Todos os restantes parecem tão permeáveis às ideias do Chega quanto a outros partidos, mesmo que (como os mais velhos, por exemplo) ainda não pareçam muito inclinados para isso.
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