Europeias 2024

Ventura anuncia Tânger Corrêa para as europeias e acordo com PSD para lugares no Parlamento

Ventura anuncia Tânger Corrêa para as europeias e acordo com PSD para lugares no Parlamento
LUSA

André Ventura diz esperar um novo “resultado histórico” nas eleições de 9 de junho, apontando para a “experiência política” e o "conhecimento do mundo internacional" do embaixador

O vice-presidente do Chega António Tânger Corrêa será o cabeça de lista do partido às eleições europeias. O nome foi confirmado esta segunda-feira por André Ventura, que destacou a “experiência política” e o "conhecimento do mundo internacional" do embaixador, numa conferência de imprensa em que o líder do Chega também anunciou que tem um acordo com o PSD para aprovação do presidente e vices do Parlamento.

“O PSD disse que vai viabilizar a nomeação do Chega para vice da Assembleia da República, secretário e vice-secretário da Assembleia da República. O Chega viabilizará a proposta da AD para a Presidência do Parlamento”, disse confirmando um acordo entre o partido vencedor das eleições e o Chega. Cinco anos depois de ter sido formado, o Chega irá chegar à mesa da Assembleia da República (AR). Face ao resultado das eleições legislativas que elegeram 50 deputados ao partido de André Ventura, há agora a oportunidade de entrar em órgãos que até aqui apenas tinham tido elementos de partidos do espetro democrático.

Assim, confirmou-se que ex-ministro social-democrata José Pedro Aguiar-Branco irá ser candidato a suceder a Augusto Santos Silva, que não conseguiu ser eleito para deputado pelo círculo fora da Europa. O nome lançado pela AD para presidir à Assembleia da República foi confirmado esta segunda-feira. Aguiar-Branco foi cabeça de lista da AD às últimas legislativas, pelo círculo de Viana do Castelo, e era desde então apontado para este lugar. Esta terça-feira, dia 26, o candidato da AD irá a votos no parlamento, mas já com vitória certa dado que são apenas necessários votos a favor dos partidos à direita – o Chega confirmou que dará luz verde e é esperado que a Iniciativa Liberal siga o mesmo caminho.

Do lado do Chega não há ainda nomes confirmados para os três cargos que o partido pretende vir a ocupar. Contudo, André Ventura garantiu que irá dar a conhecer as escolhas do partido até ao final do dia desta segunda-feira. Um dos nomes apontados para a vice-presidência da AR é Diogo Pacheco de Amorim, um dos vice-presidentes do partido e antigo dirigente político do MDLP, movimento armado de extrema-direita.

Ventura espera vitória nas europeias

Vamos a estas eleições europeias para vencer, depois do resultado histórico que alcançamos a 10 de março e depois de termos vencido o círculo da emigração”, disse o líder do Chega, em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos no Parlamento.

O nome do candidato já tinha sido avançado há dois dias pela SIC Notícias por fonte oficial do partido, depois de ter sido anunciado na Convenção do Grupo Identidade e Democracia (ID) em Roma. Antes estiveram na calha possíveis candidatos do Chega para o Parlamento Europeu (PE) como o ex-social-democrata António Pinto Pereira e mesmo Rita Matias, a jovem deputada que tem ganho crescente destaque no partido.

De olhos postos em junho, Ventura disse ainda esperar que seja possível criar uma “grande coligação europeia de Hungria a Lisboa” para evitar "uma maioria de centro-esquerda ou do PPE no Parlamento Europeu e que Ursula von der Leyen renove o seu mandato como presidente da Comissão Europeia”.

E apontou neste âmbito para a possibilidade de “um grande grupo europeu ser concorrente às eleições europeias”, incluindo conservadores e o grupo ID. “Isto pode mudar para sempre o panorama das eleições europeias”, atirou, defendendo a necessidade de apostar em políticas de combate à corrupção, emigração e de garante de maior “democraticidade” no seio da UE.

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