Aos jornalistas, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, já veio reagir à decisão do Supremo Tribunal Administrativo suspender temporariamente a requisição civil do Governo da “totalidade dos imóveis e dos direitos a eles inerentes” que compõem o complexo turístico ZMar Eco Experience, na freguesia de Longueira-Almograve (Odemira). A medida foi tomada há uma semana, por motivos de urgência e de interesse público e nacional, para alojar pessoas em confinamento obrigatório ou permitir o seu “isolamento profilático”.
"O despacho é do primeiro ministro e meu e desconhecemos qualquer notificação. O fundamental é a defesa dos direitos humanos. Vamos continuar a defender a saúde dos portugueses. O Governo não foi notificado por nenhum pedido dos utentes. Se for notificado, os serviços jurídicos da Presidência do Conselho de Ministros já estão instruídos para preparar a resolução fundamentada que garante a manutenção da produção de efeitos", notou.
Questionado sobre o pedido de demissão do CDS, Chega e da Iniciativa Liberal, por causa do que se está a passar em Odemira, Cabrita respondeu: "Coitado do CDS. É um partido naufrago. Estamos aqui para ajudar os portugueses não para ajudar um partido naufrago."
O governante elogiou ainda o papel da GNR na "garantia da defesa dos direitos humanos e da saúde pública", quer "na cerca sanitária de Ovar, há um ano", quer agora. "Há uma evolução positiva na cerca sanitária de Odemira, que se traduziu numa redução para cerca de um terço do número de casos desde que foi instaurada. E também na libertação de condições indignas de várias dezenas de cidadãos que contribuem para a economia portuguesa", declarou.
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