Parece claro que nada vai ser o mesmo após a pandemia. A covid-19 causou e ajudou a acelerar uma série de convulsões sociais e económicas com efeitos ainda por aferir na totalidade, mas que prometem modificar profundamente o mundo como o conhecemos. "[A pandemia] alterou o modo de vivermos e nos relacionarmos. Ninguém, neste momento, tem dúvida de que somos capazes de mudar hábitos e que podemos fazê-lo muito rapidamente", explica Fátima Carioca, reitora da AESE Business School.
Fátima Carioca lembra que "a adoção de tecnologia de base digital continuará a ser prioritária para muitas empresas e organizações no sentido de uma maior eficiência ou mesmo reinvenção da sua atividade, o que, a juntar-se à crise gerada pela contração económica durante a pandemia, provocará uma dupla disrupção mais profunda, necessariamente". A transição digital, o teletrabalho a cooperação global, a reforma das instituições e uma maior consciência ambiental são alguns dos legados possíveis deste período e estarão em discussão na conferência “Uma nova Economia para o Mundo e a Humanidade”, organizada pela AESE Business School, por ocasião do seu 40º aniversário, com o apoio do Expresso.
"A adoção tecnológica pelas empresas levará a uma transformação dos seus processos, das competências necessárias e da cultura vivenciada, implicando, na maioria das situações um reajustamento da força laboral. Sobre este tema a pandemia permitiu avanços e acarretou desafios", afirma Fátima Carioca
A organização do trabalho e a introdução rápida de conceitos que ainda recentemente pareciam distantes, como a inteligência artificial ou a automação obrigam as organizações a mudarem e os recursos humanos a adaptarem-se. Explica o territory senior partner da PwC Portugal, António Brochado Correia, que, segundo um inquérito da consultora, 87% dos trabalhadores dos trabalha "afirma ter lacunas de competências, que não são apenas digitais mas também em skills sociais, relacionais e de atitude perante a organização e o trabalho." Algo que precisa de mudar porque se "a organização do trabalho será híbrida" e "o trabalho remoto vai continuar", é certo que" as relações humanas continuarão a determinar o percurso e a capacidade de fazer pontes" para que as empresas não percam o espírito coletivo. Ou seja, estas mudanças "serão exponenciais nos países que forem capazes de formar os seus recursos humanos mais rápido, não deixando ninguém para trás, permitindo um maior dinamismo no mercado do trabalho - a ideia não é proteger empregos, mas pessoas".
é a percentagem de funcionários públicos que o Governo quer ter em teletrabalho até 2023
Leia o que se segue para saber tudo o que precisa de saber sobre a conferência.
O que é?
As fraturas sociais e económicas provocadas pela pandemia vão estar em discussão na 15ª Assembleia do Agrupamento de Alumni AESE sob o titulo de “Uma nova Economia para o Mundo e a Humanidade”, numa conferência apoiada pelo Expresso que marcará também a conclusão das cerimónias de celebração do 40º aniversário da instituição
Quando e a que horas?
Dia 25 de maio (sexta-feira), das 9h30 às 17h
Quem vai estar presente?
- Fátima Carioca, Reitora AESE;
- António Pita de Abreu, Presidente do Agrupamento Alumni
- António Brochado Correia, PwC
- Bruno Proença, AESE
- Miguel Setas, EDP
- Luís Cabral, AESE e Stern NYU
- Adrián Caldart, IESE e AESE
- Ana Isabel Trigo Morais, Sociedade Ponto Verde
- João Bento, CTT
- Miguel Pinto Luz, Câmara Municipal de Cascais
- José Fonseca Pires, AESE
- Daniel Susskind, Oxford University
- Sanjay Podder, Accenture
- Jorge Ribeirinho Machado, AESE
- Elvira Fortunato, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa
- Paula Panarra, Microsoft Portugal
- Pedro Afonso, Vinci
- Ricardo Reis, London School of Economics
- Agostinho Abrunhosa, AESE
- Gazal Kalra, RIVIGO
- Marco Arcelli, EP
- Ramiro Martins, AESE
- Ana Paula Reis, BridgeWhat
- Maria João Toscano, Dignitude
- Pedro Pires de Miranda, Siemens Portugal
- Rui Diniz, CUF
- Jordi Canals, IESE
Porque é que este tema e este debate são centrais?
Porque as linhas de fratura do mundo de hoje – a degradação crítica do ambiente, o esgotamento dos recursos naturais, as desigualdades sociais, a carência de cooperação, a insuficiência da justiça, as falhas de liderança e o défice de governança global – emergem, expostas como nunca, em virtude da crise pandémica, e são cada vez mais relevantes para as decisões que tomamos enquanto país e enquanto sociedade
Como posso assistir?
Simples, é clicar AQUI
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