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Impostos

“O combate à fraude fiscal está comprometido, a Autoridade Tributária está a matar a investigação”

“O combate à fraude fiscal está comprometido, a Autoridade Tributária está a matar a investigação”
Nuno Botelho

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) desde janeiro, Gonçalo Rodrigues, diz que o Fisco passou a ser uma máquina burocrática de balcões de atendimento ao público. O combate à evasão e fraude fiscal, à criminalidade económico-financeira e a corrupção são “parentes pobres”. As críticas vão para a cúpula da Autoridade Tributária, que gere mal a organização, e para o poder político, que nada faz para melhorar a máquina fiscal - e não se preocupa em colocar enfoque no combate à fraude

“O combate à fraude fiscal está comprometido, a Autoridade Tributária está a matar a investigação”

Nuno Botelho

Fotojornalista

Com uma estrutura mais magra e crescentemente envelhecida, com uma gestão burocrática e tutelada por políticos sem coragem de reorganizar a casa, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) transformou-se numa máquina de atendimento ao público, sem foco no combate à corrupção, à criminalidade económica e à fraude e evasão fiscal. Em conversa com o Expresso na semana em que, juntamente com mais cinco sindicatos da área da justiça, organiza uma conferência para debater as “Funções Soberanas do Estado: Transparência e Combate à Corrupção", Gonçalo Rodrigues, desde janeiro à frente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), diz mesmo que “a AT está a matar a investigação” e a facilitar a vida aos evasores fiscais e criminosos – “transformaram-nos em robots. Para quem está do outro lado e percebe como a máquina funciona, é muito mais fácil enganar uma máquina robótica”.

Acha que a diretora-geral da AT, Helena Borges, já devia ter saído, diz-se até “pessoalmente” desiludido com o Ministro das Finanças, ex-colega da casa e companheiro de partido, e avisa que, se tudo ficar como está, haverá greves na certa.

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