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Contas Públicas

Contas públicas menos dependentes da Segurança Social: "Um resultado muito positivo", se não for sol de pouca dura

Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças
Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças
Nuno Fox

Contribuições sociais continuam a crescer a bom ritmo, ajudando a execução orçamental. Mas a receita fiscal cresceu a um ritmo superior, levando a uma menor dependência do excedente das contas públicas da Segurança Social. Uma evolução positiva para os economistas, mas que arrisca inverter-se na segunda metade do ano

Em 2024, já com a AD de Montenegro no Governo, e com Miranda Sarmento à frente da pasta das Finanças, as contas públicas fecharam o ano com um superávite de 0,7% do produto interno bruto (PIB). Embora tenha fica em perto de metade do registado em 2023, quando o PS de António Costa ainda governava, sob o lema das ‘contas certas’, o resultado orçamental foi melhor do que tinha previsto. E foi o excedente da Segurança Social a garantir esse resultado.

Com as contribuições sociais a crescerem em força, impulsionadas pelo crescimento dos salários (na sequência do surto inflacionista) e por máximos históricos no emprego (puxado pela entrada de imigrantes), a Segurança Social tem sido o grande pilar das contas públicas nacionais. O que acarreta problemas, alertam os economistas ouvidos pelo Expresso.

Por isso, foi com bons olhos que viram a redução dessa dependência na execução orçamental do primeiro semestre deste ano, com a receita fiscal a ser o principal motor das receitas públicas. Mas, será que a trajetória vai manter-se?

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