
Regulador da comunicação social pediu dados sobre o World Opportunity Fund, que passou a ter 51% da Global Media. José Paulo Fafe assumiu presidência do grupo de media esta semana
Regulador da comunicação social pediu dados sobre o World Opportunity Fund, que passou a ter 51% da Global Media. José Paulo Fafe assumiu presidência do grupo de media esta semana
Editor-adjunto de Economia
Passou um mês desde que se ficou a saber que o grupo Global Media, detentor dos jornais “Diário de Notícias” (“DN”) e “Jornal de Notícias” (“JN”) e da rádio TSF, entre outros meios de comunicação social, passou a ser controlado pelo World Opportunity Fund, registado num paraíso fiscal, as Baamas, e detido pela gestora de fundos Union Capital Group (UCAP Group), de capitais norte-americanos e com sede na Suíça. Mas desde então nada mais se sabe sobre os novos donos deste grupo de media. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) solicitou entretanto informação e está ainda a analisá-la.
Coube ao regulador dos media confirmar, a 12 de outubro, a mudança da estrutura de propriedade. Então, a ERC fez saber que aguardava que o fundo procedesse à subsequente “atualização dos dados acionistas constantes na Plataforma da Transparência dos Media”. Uma consulta ao Portal da Transparência disponibilizado pela ERC mostra que já está atualizada a propriedade da empresa Páginas Civilizadas, que controla 50,25% da Global Media — assim como 22,35% da agência Lusa —, ficando claro que é controlada em 51% pelo fundo. Mas quando se procura conhecer a estrutura de propriedade do fundo surge a indicação de que “não existem registos”.
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