Gestão da TAP escreve aos trabalhadores: “cultura de mérito continuará a ser prioridade”

A equipa de Antonoaldo Neves escreveu esta quinta-feira de manhã aos trabalhadores, depois da polémica que rebentou esta semana a propósito dos prémios pagos a alguns gestores, depois de, em 2018, a TAPS SGPS ter registado prejuízos de 118 milhões de euros.

Na missiva que chegou às caixas de e-mail do pessoal da TAP, assinada pelo CEO, por Raffael Quintas (Chief Financial Officer) e David Pedrosa (Chief Controller Officer), a que o Expresso teve acesso, a comissão executiva explica que "o programa de mérito foi fundamental para promover as medidas de redução de custos e de aumento de receitas implementadas em 2018, bem como levar a cabo a reestruturação da TAP ME Brasil, o que permitiu diminuir substancialmente os prejuízos causados pelo aumento do preço do petróleo e dos custos não recorrentes, como já foi amplamente comunicado e divulgado por ocasião da divulgação dos resultados".

É ainda explicado que este programa de mérito, implementado em 2017, tem por base "a avaliação objetiva dos resultados da empresa, das áreas e individuais", estando "alinhado com as melhores práticas globais da promoção e reconhecimento da meritocracia e tem como objetivo promover uma cultura de entrega de resultados, sejam estes resultados operacionais, económicos ou financeiros". Os prémios de performance pagos em 2019 dizem respeito ao alcance dos objetivos definidos em 2018, para as áreas e individuais, acrescenta

A Comissão Executiva da TAP termina a missiva assegurando que "a promoção de uma cultura de mérito, alto desempenho e entrega de resultados continuará a ser uma prioridade da Comissão Executiva, como ferramenta de transformação e mobilização de uma empresa mais ágil e mais preparada para responder aos desafios da indústria, em benefício de todos".

A polémica rebentou depois de ter sido tornado público que a TAP pagou prémios a 180 pessoas, num valor total de 1,171 milhões de euros. A atribuição destes prémios ocorre numa altura em que a empresa registou prejuízos, em 2018, de 118 milhões. Os prémios, pagos com o salário de Maio, variaram entre cerca de mil e 110 mil euros.